Segunda-feira (23), acabo de
deixar minha filha com a mãe e caminho rumo ao ponto de ônibus, pensando que
ele não fez mais contato em 7 dias, que era uma pena, uma sensação de perda, de
que houve uma história, mas que ela teve sua conclusão. Nesse momento, toca o
telefone. Para minha surpresa, era ele: estava na estrada, a caminho de São
Paulo onde passaria o natal com familiares, conversamos muito, queria saber
como estou, de meus projetos, etc.
Percebo uma mudança em mim: apesar
de o coração ter disparado, noto eu ele não alimenta muito a conversa, eu conto
de mim, ele dá sua opinião sobre as minhas coisas. Eu pergunto dele, as
respostas não são longas, e logo o assunto tem de ser preenchido por mim, com
minhas coisas. Seus comentários são de aprovação para oque estou fazendo... Mas
quem pediu que ele os avaliasse? Percebo que já não sou o mesmo com ele, embora
esteja contente com a demonstração de atenção dele por me ligar.
Ao mesmo tempo, parte da minha
mente avisa: não seja ingênuo, ele não te valorizou, ele se sentiu só na
estrada e sabe que terá atenção, bom papo e gentileza da tua parte. Isso não é
valorizar, é servir-se. Ele não te ligou toda semana. Após uns 15 min de conversa,
vejo que a filha vem pegar o ônibus com a mãe, vão passear. Aviso que ela chegou
e que ligarei dentro de alguns minutos. Embarco no mesmo ônibus que a filha,
desço 10 minutos depois e ligo para ele. Chama até cair na caixa postal, por
três vezes. Mando mensagem de texto, avisando que liguei, mas não fui atendido.
Umas 5 horas depois chega mensagem dele, dizendo que desembarcou em SP e
esqueceu o cel no carro, por isso não ligou (difícil acreditar, aqui até para o
banheiro ele levava o celular).
No dia seguinte, véspera de
natal, novamente depois de eu ter deixado a filha na casa da mãe, passando pela
mesma esquina, toca o telefone: ele!
Me ligando da casa dos
familiares, para desejar feliz natal, de novo quer saber como estou, como está
minha filha, puxa assunto. Conversamos uns 30minutos (Valeu, TIM). E eu desligo
pensando o que ele queria comigo, me liga dois dias seguidos, faltando 5 dias para
encontrar o ex no Rio de Janeiro (passarão o Reveillon juntos, mas não sabia
direito o dia em que iria para o Rio). Durante a conversa percebo que ele tem
um tom estranho, meio melancólico. Como se quisesse dizer algo, ou como se
esperasse ouvir algo que não está ouvindo. E mais um mecanismo em mim se põe em
funcionamento: começo a buscar o que ele estaria esperando, ou procurando nessa
ligação, para dar a ele o que buscava. E percebo que esse é um de meus problemas:
quero atender ás expectativas das pessoas comigo, e fico angustiado quando não
sei oque esperam de mim, pois aí não sei o que fazer ou como me “moldar”. Vai
ter falta de personalidade assim na PQP! Mas reconheço um mérito: nesse dia
tive consciência na hora. E parei de procurar, deixei a conversa rolar. Uns 5
minutos depois, ele decidiu desligar. E eu fiquei agitadíssimo. Como no dia
anterior, e eu ele também ligou, fui dormir às 4hs da madrugada.
Então hoje entro no face e...
Está lá, postado: “Partindo para o Rio. FELIZ!”. Doeu pra caralho! Não só saber
que ele e o ex passariam a noite toda transando como eu gostaria de estar
transando com ele, mas também porque ele postou aquilo no face, sabendo que eu
iria ler. Assim como postou sua chegada a Porto Alegre, quando veio me
conhecer, sabendo que seu ex veria aquilo e suporia que ele vinha ver algum
homem. E enlouqueceria, como enlouqueceu, enviando mensagens enquanto estávamos
aqui (mas isso é um capítulo à parte, próxima postagem).
Duas horas depois, “Chegando ao
Rio. FELIZ!”. Depois, em torno de 1h da
manhã posta foto da Lagoa Rodrigo de Freitas iluminada. Tudo bem, não sou o
centro de sua vida mas... Custa lembrar que eu vou ver isso? De que se ainda somo
amigos, não vou te bloquear e que estou ainda sentindo tua falta? Precisa
tripudiar? Ou tornar tão pública tua felicidade é uma necessidade tão grande que me ferir é menor do que
isso? Essa é a amizade que ele tem para me oferecer? (continua)
Posta logo os "continua...", pufavô!
ResponderExcluirQueridão, h oje o dia foi de cuidar de outra "barra": último dia com a filha, antes de ela partir em uma viagem de 13 dias na praia com a mãe. Tanto ela quanto eu sentindo o período de separação, sendo que estou disfarçando e buscando mante-la tranquila e argumentando que ela era´o avô e a tia, e que depois de voltar, irá comigo para uma outra praia, etc. Escreverei a continuação hoje, mais tarde. Abração!
Excluir(O desespero é por ler estes posts sob efeito da trilha sonora do Glee, primeira temporada - "Taking Chances", especificamente! Ouch...)
ResponderExcluirTudo que é movido exclusivamente pela impulsividade (a não reflexão sobre as consequências de um ato a longo prazo) pode esbarrar em algo chamado crueldade!
ResponderExcluirEsse é o grande presente da impulsividade crônica, coisa que parece ser a característica MOR do paulista.
Ser movido exclusivamente pela impulsividade impossibilita a pessoa de ser empática com os sentimentos do outro (pessoas muito impulsivas tem pequena ou nenhuma capacidade de empatia pelo ser humano a não ser a busca do próprio prazer imediato).
Parece que o paulista não tem problema de falta personalidade....
Ele tem bastante e é uma personalidade questionável!
Creio que o que falta nele é a capacidade de se importar com algo que não seja somente o prazer dele mesmo! Pessoas como essas são extremamente perigosas e deveriam ficar em uma longa temporada em um "SPA" chamado Instituto Charcot com a seguinte placa na porta do quarto: "Perigo: Libertar somente em 100 anos"
bjs