sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A SEGUNDA CHANCE

Há uns10 dias (não lembro exatamente) o paulista me procurou por dois dias querendo conversar pelo face. Quando me achou online, logo queria telefonar. E eu estava em um momento “não vou correr atrás nem me mostrar tão acessível”. Mas por dentro fiquei faceirinho, lembrança que agora me irrita profundamente. Resultado: ele queria me contar que no final de semana anterior o ex foi a SP para encontra-lo, que conversaram por dois dias e que ele resolveu dar um anova chance para ele, que passariam o Reveillon no Rio.  




Não sei que porra de mecanismo que eu tenho, que no momento (para não desmontar) eu só conseguia pensar “pelo menos ele está sendo honesto comigo”. Logo ele veio com seu princípio atual de vida (como qual eu concordo, embora ache que ele o está repetindo demais, o que me deixa desconfiado) de que devemos viver um dia por vez, sem criar expectativas, com oque tem par ao dia. E eu, num momento raro, falando pouco e medindo muito bem as palavras, sem tentar ser agradável, nem intencionalmente desagradável: apenas tentando identificar, antes de falar, o que estava sentido. Já escrevi antes que meu emocional, por vezes, se esconde tão bem, que ajo como se tudo estivesse legal, e só muito depois vejo que fiquei destroçado. Dessa vez não quis cometer esse erro, era algo violento demais para mim. E ele com o papo de “um daí de cada vez”, dando receitas de bem viver, até que finalmente disse “e não precisa ter sofrimento algum”. Foi quando nuvens se abriram no céu, soaram trombetas e uma voz soou, dizendo: PARA ESSA PORRA, CARALHO! Mas, externamente, o que se ouviu foi apenas o meu longo e constrangedor silêncio. Tão constrangedor que, após um tempo, ele disse: mas você ficou travado, não é?


Não precisa sofrimento? Então comecei a falar, num tom de voz calmo, macio e sem me alterar (quem me conhece sabe que se isso acontece o Robô de “perdidos no Espaço” começa a agitar os braços a e a gritar PERIGO, WILL ROBINSON!!!). E comecei dizendo que não, EU não estava travado, apenas medindo as palavras. E que esse novo hábito de pensar melhor antes de falar foi um das consequências da passagem dele pela minha vida, e logo ele quis me interromper para dar sua opinião/conclusão do que eu estava falando, e eu não deixei dizendo “eu vou acabar, agora quero que tu me ouças”, e ele forçou dizendo que só queria complementar, avisei que ele iria complementar quando eu terminasse e continuei... Por cerca de uma hora. 

Contei tudo pelo que havia passado, trouxe a questão de que realmente ele não me prometeu nada, mas de que também foi ele quem forçou até sair do jogo inicial de amizade com sexo (dizendo que era em mim que pensava durante o dia, e coisas do gênero). Tudo o que não havia dito antes, com medo de faze-lo correr léguas para longe, dessa vez falei. Quando acabei ele estava chorando, disse que me ama como amigo, que não quer perder minha amizade, etc. Também não quero perder a dele, isso é um fato. Mas terminei a noite com a sensação de que não fiquei escondendo o jogo com medo do que pudesse vir a perder. Mas passei o resto da semana doído, com uma tristeza que ia e vinha, em ondas (continua). 

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